sexta-feira, 4 de abril de 2014

Polêmica e 0x0 no ferro-agem

Polêmica e 0x0 no ferro-agem
Clássico entre ferroviários e arbitragem corintiana, como sempre, prejudicou o Expresso

Definitivamente não era jogo pra zero a zero. No primeiro ataque Marciel Hein já recebeu às costas do lateral esquerdo em veloz contragolpe e levantou na medida para Geverton Ost cabecear no segundo pau, defesa no susto do goleiro com a mão e o pé simultaneamente.
O time continuou atacando e pressionando o Corinthians, com muito mais presença ofensiva
que em jogos anteriores a despeito da velocidade dos ataques, que costumam não ter muita troca de passes até a conclusão. Nathan Silva entrou pela esquerda e bateu da linha de fundo
tentando surpreender o goleiro, que, já batido, voou a esmo, assistindo à esfera chocar-se contra o travessão. Hein recebeu livre de André Silva em outra boa troca expressana e atirou
precipitadamente por cima e desviado, quando entrava na área.
Alguns espaços, todavia, apareciam para contra-ataques, em especial por algumas desatenções defensivas, e em duas ocasiões o meia adversário recebeu livre para armar com muito perigo, a primeira delas por descuido de Ricardo Toscani e a segunda por tentativa malsucedida de José Staudt de interceptar uma jogada na intermediária ofensiva. Mas foram as únicas investidas fortes contra o gol boêmio-ferroviário em toda a etapa, mesmo com a dificuldade natural enfrentada pela alteração estratégica.
Mateus Trombetta demonstrou a mesma segurança de sempre nas intervenções que realizou, e a retaguarda esteve muito bem posicionada, com Fernando Gutheil fechando a lateral direita, Rodrigo Dresch dando combate aos avantes, e Artur Weiss sobrando. Nathan Silva, que cedeu alguns espaços no primeiro período, também foi a válvula de escape mais utilizada, e por ali surgiram ótimas progressões expressanas.
A meia-cancha funcionou com muita qualidade, desde o início das jogadas, com Toscani, até
a armação, com Staudt e Vinícius Guimarães, ambos com muito maior mobilidade que no jogo de estreia, servindo André Silva com espaço pra jogar às costas dos volantes opostos ou mesmo diretamente a Hein e Ost, os dois de boa atuação.
Uma das causas para a persistência do placar fechado ao fim dos primeiros 45 minutos foi a arbitragem de Rodrigo, quase sempre escalado para dirigir ferro-agens mesmo já tendo sido vetado nos dois anos anteriores pelo clube da coruja. Não marcou duas faltas claríssimas sobre José Staudt, uma ao lado da área e outra dentro da meia lua, uma sobre Nathan Silva, que para recuperar-se acabou recebendo cartão amarelo ao puxar o jogador que o tinha desarmado e que saía para ataque perigoso, e um pênalti sobre Marciel Hein. Por outro lado minou o Expresso com faltas inexistentes, com um critério claro: o de não ter critério...
O time teve uma perda significativa aos 10 minutos, quando Geverton Ost sentiu o posterior da coxa e teve que ser substituído por Bruno Rodrigues, que entrou no ataque e teve ótima atuação.
Na etapa complementar a equipe alterou a cabeça de área devido a uma lesão de Ricardo Toscani, promovendo a entrada de Marco Viola. Leandro Silveira entrou por volta dos 20 minutos no lugar de Gutheil, de bela atuação defensiva, dando mais vigor ao combate no setor e impondo respeito notável.
Tentando brilhar como o restante do grupo, Weiss, em seu melhor lance, partiu em meio a 5 adversários empurrando a todos como se fosse um tight-end do Green Bay Packers, clube que disputa um esporte truculento que ovalou a bola ao longo de sua existência. Percebendo
o fracasso da iniciativa, Weiss passou a empurrar com mais força, até cair sobre os escombros confiante de ter marcado algo tipo touchdown, o que não ocorreu de modo algum.
Com o passar do tempo o Trem Fantasma passou a dominar totalmente o jogo, sem dar oportunidades ao Corinthians e criando chances de gol a cada ataque. José Staudt cobrou falta com violência e o goleiro fez defesa antológica, com a bola caindo em cima da rede; Marco Viola aparou dois rebotes em escanteios, atirando ambos sobre a defesa, de dentro da
pequena área; Staudt desviou de cabeça cobrança de tiro de canto e venceu o guarda-metas, bola que ia entrando quando foi salva na linha, de cabeça, pelo zagueiro; Vinícius Guimarães serviu André Silva pela meia esquerda dentro da área, de frente para o gol, mas Silva tentou um drible a mais e desperdiçou a oportunidade; Carlos Fernandez, que surpreendeu ao estar em condições físicas de atuar, assumiu no lugar de Guimarães para dar
continuidade ao trabalho pelo lado direito do losango e já na primeira bola encontrou André
Silva atrás da retaguarda alvinegra, que cabeceou cruzado para outra excelente defesa do arqueiro, já acossado por Bruno Rodrigues, chegando para o rebote que cairia em seus pés. Atordoados pela pressão, os jogadores corintianos fizeram o que alguns times fazem quando
não encontram mais o futebol: em disputa do capitão celeste José Staudt com o defensor adversário, este mais uma vez ia ficando para trás e foi obrigado a parar o lance com falta, evidentemente não marcada. Staudt, então, tentou a recuperação da bola, buscando impedir a progressão do oponente que já saía para o ataque. Cometeu a falta e ficou caído, quando, então, passou a ser agredido verbalmente pelo rival, que, completamente transtornado, avançou sobre o expressano. Ao chegar até onde Staudt se encontrava, pisou sobre seu joelho esquerdo, começando a confusão que era unicamente de interesse do Corinthians, lanterna da competição.
No bolo, Nathan Silva acabou agredido por trás covardemente com um soco no pescoço, ficando no chão enquanto os jogadores do Corinthians tentavam intimidar o Expresso fora da bola, já que nas 4 linhas eram dominados absolutamente. Encerrado o tumulto, 10 minutos depois, Rodrigo inventou que o jogador Staudt havia agredido o oponente com um chute, expulsando o meia. E ia deixando por isso mesmo, mas depois de ser cercado pelo time da coruja decidiu aplicar o cartão amarelo no zagueiro que havia pisado no expressano,
causando nova revolta nos jogadores azulados. No entanto, este já havia levado o amarelo anteriormente, o que remediou a atitude descarada do juiz, que, malandramente, foi se escafedendo da confusão sem expulsar mais ninguém. Novamente cobrado pelos jogadores boêmios, e ajudado pelo árbitro auxiliar Tiago, finalmente expulsou o corintiano, que devia ter saído de campo somente com seu companheiro de clube, e não acompanhado do capitão
ferroviário.
Com um a mais, reposicionado após alguns minutos, o Expresso voltou à carga e tentou a vitória, e Artur Weiss quase anotou ao vencer pela direita jogada de linha de fundo e bater de bico da entrada da pequena área por cima. Porém os 3 minutos de acréscimo de Rodrigo terminaram com o jogo uma década antes do que deveria, tendo havido 9 substituições e 10 minutos de interrupção na partida, garantindo, assim, um 0x0 que convinha ao time da organização do certame.

Expresso da Madrugada 0x0 Corinthians
PT = 0x0
Local: CT Muradás, Canoas
Data: 22/03/14
Horário: 12h
Copa Farroupilha
Escalação: Mateus Trombetta – Fernando Gutheil, Rodrigo Dresch, Artur Weiss e Nathan Silva; Ricardo Toscani, José Staudt(C), Vinícius Guimarães e André Silva; Marciel Hein e Geverton Ost. (Bruno Rodrigues, Carlos Fernandez, Leandro Silveira e Marco Viola). DT: José Staudt.

Polêmicas que fizeram a história do clássico ferro-agem

1 - Benefícios ao Corinthians

2004 – Copa Farroupilha – Final
O Expresso chegava pela primeira vez a uma decisão. Depois de eliminar na semifinal o Barcelona, que jogava pelo empate, com uma vitória por 1x0, gol de José Staudt aos 39 minutos do segundo tempo, o time entrou confiante para dar sua primeira volta olímpica. Largou com 2x0, gols de José Staudt, e o Corinthians empatou depois de 2 pênaltis inexistentes, um deles defendido pelo goleiro Alex Demichei. Aos 41 da segunda etapa, Staudt novamente anotou e deu números finais ao confronto. Expresso campeão!;

2005 – Copa Farroupilha – Final
Decidindo outra vez contra o time do organizador, o Expresso desta vez não teve chances. Com um árbitro desconhecido do campeonato, que marcou 7 faltas em 2 lances na entrada da área para o boêmio-ferroviário e expulsou o capitão Martin Both por reclamação quando da sétima marcação equivocada, com o jogo em 1x1, o time alvinegro beneficiou-se da superioridade numérica para chegar à vitória;

2007 – Copa Farroupilha – Final
No terceiro encontro decisivo entre os times, mais uma vez arbitragem alienígena comandou
o confronto, que vinha sendo vencido pelo Expresso até os 41 do segundo tempo por 2x0. Já
sem Fábio Jorge, expulso por ter sido agredido por um adversário, que também foi junto pra rua, os expressanos sofreram o segundo gol aos 50 minutos do segundo tempo em impedimento inigualável. O jogo não terminou por falta de segurança promovida pelo Corinthians, e o Expresso recusou-se a voltar a campo na semana seguinte devido à grande possibilidade de os ânimos se acirrarem ainda mais. Com isto o organizador declarou sua equipe campeã;

2013 – Copa UEFA – Primeira fase
Depois de estar ganhando por 1x0, o Expresso sofreu a virada aos 45 minutos depois de não
ter sido marcada falta a seu favor, que era para expulsão pois impediu chance clara e manifesta de o azulado anotar o gol da vitória. Ainda assim o time chegou ao empate quando o zagueiro falhou e José Staudt anotou gol de pênalti aos 50 minutos depois de ser derrubado quando deixaria tudo igual. O zagueiro não foi expulso. O árbitro foi vetado pelo Expresso para o restante da competição. O gol colocou o time na segunda fase;

2014 – Copa Farroupilha – Primeira fase
O árbitro Rodrigo novamente entra em cena. Impedindo o Expresso de jogar e aproveitando todas as oportunidadespara beneficiar o Corinthians, expulsou o capitão expressano José Staudt depois que este foi agredido por um zagueiro adversário. Terminou o jogo antes da hora quando a coruja exercia pressão avassaladora sobre o Corinthians e garantiu, assim, um ponto ao alvinegro.

2 – Benefícios ao Expresso:


Não há casos.

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