quinta-feira, 10 de abril de 2014

Merecendo sem levar

Merecendo sem levar
Expresso segue jogando bem, mas o detalhe continua favorecendo os oponentes

O roteiro parece sempre o mesmo, e as pequenas alterações do script é que fazem a diferença de como se tem chegado ao final do filme. Previsivelmente, as dificuldades para pontuar seguem as mesmas, como foi alertado pela comissão técnica antes do início do certame, tendo em vista a tabela e a falta de preparação do conjunto para a Farroupilha.

São 3 derrotas em 4 jogos, sempre jogando bem em boa parte do jogo, mas sempre deixando a desejar em momentos pontuais, que estão cobrando a conta. No último sábado o time novamente perdeu por 2x1, outra vez pressionando o adversário até o lance final, mas as conclusões mal aproveitadas e erros bobos foram decisivos para a derrota.

O Expresso começou em cima, tirando espaços do Pirapora e impedindo que este passasse ao campo ofensivo, com uma marcação próxima e agressiva. José Staudt cobrou falta perigosíssima que o goleiro salvou jogando para escanteio antes mesmo dos 5 minutos; na bela cobrança de Bruno Rodrigues, Staudt quase anotou de cabeça subindo mais que a zaga.
Os jogadores expunham-se ao contato buscando colocar os ferroviários à frente, e principalmente Vinícius Guimarães era quem mais sofria com as chegadas fortes dos oponentes, o que resultou em lesão antes mesmo do final dos 45 minutos iniciais, apesar de seu preparo físico nível ultraman.

Cristian Pheula permanecia posicionado, enquanto Nathan Silva saía mais pelo flanco oposto nas laterais; Rodrigo Dresch e Artur Weiss impediam maiores infiltrações e os rivais praticamente não entravam na área. André Silva tentava articular com o ataque de Silvio Cargnin e Bruno Rodrigues, mas este jogava muito preso à marcação, e aquele fugia dela mas acabava se deixando bloquear novamente, dificultando a chegada à frente.

Aos 25 minutos o Pirapora achou um gol, o terceiro dado pelo Expresso na competição: cobrança de falta de longe, André Silva abriu a barreira, ela passou entre ele e Dresch e pegou Mateus Trombetta no contrapé. Pirapora 1x0.

O time permaneceu brigando em campo, dividindo e acreditando no resultado positivo. Rodrigues quase empatou depois que Cargnin passou-lhe a redonda dentro da área, mas o chute saiu raspando.

Aos 35 Matheus Rockenbach entrou no lugar de Guimarães, lesionado, e Bruno Rodrigues voltou a fazer a função que vinha fazendo em jogos anteriores, mais recuado pelo lado. Antes do fim do primeiro tempo Artur Weiss empatou escorando de canela cruzamento de Rodrigues pela esquerda após saída errada do guarda-metas, e André Silva teve o gol da virada impedido pelo zagueiro sobre a linha da meta.

Conforme havia sido decidido previamente, ao longo do segundo tempo foram sendo realizadas as modificações que permitiram a estreia de 3 novos jogadores no grupo: Pedro Fernandes, amigo do zagueiro Pablo Figueroa, e Henrique e Bernardo, ambos amigos do atacante Geverton Ost, e que por isso herdam este sobrenome na edição atual do Madrugada.

Fernandes já entrou querendo jogo, marcando em cima e saindo em velocidade quando os boêmios recuperavam a bola. Teve bom desempenho e ajudou a Rockenbach na chegada ao ataque; Henrique também demonstrou potencial, aparecendo para o jogo, tentando lances individuais e tabelando pelo meio para tentar quebrar a marcação do Pirapora. Porém a forte ação defensiva contrária o levou ao chão em várias oportunidades, em pelo menos 4 faltas marcadas para o Expresso. Bernardo demonstrou vigor na marcação e, a exemplo dos demais estreantes, personalidade para buscar e fazer jogadas. Chegou à frente em algumas oportunidades e não cedeu espaços para movimentações às suas costas.

O segundo tempo expressano foi bastante superior ao primeiro. Mais movediço, encurralou o oponente na sua metade do gramado e criou ótimas chances de marcar: Silvio Cargnin foi lançado por Artur Weiss na direita em velocidade no mano a mano com o adversário, que ele suplantou como se não existisse. Da entrada da área soltou a bomba no ângulo, canto do goleiro, que fez defesa espantosa salvando o Pirapora de sofrer a virada; Rodrigo Dresch cabeceou atrás do goleiro em cruzamento de José Staudt, mas foi abalroado por este no momento da conclusão. Perdeu o gol, mas serviu a Matheus Rockenbach livre na pequena área, que, no entanto, não conseguiu enquadrar o corpo para bater na bola e atirou desviado, perdendo linda chance.

Mesmo melhor em campo a coruja acabou levando o segundo, jogada de contragolpe que chegou à ponta esquerda, com Cristian Pheula na marcação ao avante. Este dominou e, destro, trouxe a bola para dentro e atirou seco, na gaveta, sem que Trombetta pudesse fazer agir.

O mau resultado impulsionou o Trem Fantasma ainda mais à frente. Marco Viola foi realocado na zaga, José Staudt para a cabeça da área e em campo se encontravam ainda Marciel Hein e Rodrigo Veiga, que retornava depois de 4 jogos de ausência. Pressionando sem parar, forçou o erro do lateral esquerdo, que livrou-se da bola para dentro da própria área, nos pés de Rockenbach, na marca do pênalti. O avante, todavia, quis ajeitar e bater rapidamente, ignorando o espaço que tinha para aproveitar melhor a jogada. Bateu fraco e torto, direto para fora, perdendo novamente grande oportunidade de empatar. José Staudt na última chance que teve o time de alcançar a igualdade, ainda tentou de fora da área, o goleiro bateu roupa, mas ninguém chegou para o rebote. Com o resultado os azulados seguem sem vencer na competição, mas em evolução técnico-tática, e também física. Na próxima rodada enfrentam outra pedreira, o Bazar Mimo, muito bem colocado na Farroupilha, e pontuar é importante para possibilitar uma campanha de recuperação na segunda parte do campeonato.

Expresso da Madrugada 1x2 Pirapora
PT = 1x1
Local: CT Muradás, Canoas
Data: 05/04/14
Horário: 10h
Copa Farroupilha
Escalação: Mateus Trombetta –  Cristian Pheula, Rodrigo Dresch, Artur Weiss e Nathan Silva; Ricardo Toscani, Vinícius Guimarães, José Staudt e André Silva;  Silvio Cargnin e Bruno Rodrigues. (Bernardo Ost, Henrique Ost, Marciel Hein, Marco Viola, Matheus Rockembach, Pedro Fernandes e Rodrigo Veiga). DT: José Staudt.
Gol: Artur Weiss.


sexta-feira, 4 de abril de 2014

4a. Rodada da Farroupilha 2014


FORÇA EXPRESSO !!!


Mas ainda mato um!

Mas ainda mato um!
Erros individuais e coletivos levaram o time da vitória parcial à derrota de virada ante PSG

Conforme havia sido planejado para os últimos jogos, o Expresso entrou em campo com a proposta de marcar agressivamente, jogar no erro do adversário e, com isso, diminuir os riscos contra sua própria meta.
Após alguns minutos de estudo entre os times ficaram claros erros de posicionamento da equipe, ainda que o PSG não trouxesse riscos à retaguarda. Com espaços para saída de bola proporcionados tanto por Rodrigo Gladiador quanto por Marciel Hein, uma das premissas básicas da estratégia foi esquecida, e a marcação começou a vazar. No meio, Bruno Rodrigues adiantava como havia sido solicitado pela comissão técnica, mas, sobrecarregado pela marcação recuada de Vinícius Guimarães, sentiu-se na obrigação de voltar para ajudar atrás, e os volantes ficaram liberados para armar como quisessem as jogadas de ataque dos parisienses.
O Expresso, então, começou a ter dificuldades de contenção na defesa, já sobrecarregada com a flutuação dos avantes e meias, soltos graças à desorganização defensiva, e que eram, para piorar, auxiliados pelo apoio constante do lateral direito. Assim, o quadro permitia ao oponente jogar no seu erro.
O técnico interino José Staudt tentou recuperar o controle do meio de campo ao fixar Silvio Cargnin, que se movimentava pelos dois lados do campo, na direita de ataque, anulando o lateral esquerdo. Hein, entretanto, não conseguia observar as recomendações. Porém, mesmo assim os boêmio-ferroviários abriram o placar. Em falta na intermediária, lado esquerdo, Vinícius Guimarães, aos 14 minutos, levantou a bola em direção ao tumulto. Mas levantou mesmo. Alto. Muito alto! E de tão alto, o lance ficou conhecido como chuva de granizo, quando o que vem de cima vem perigoso, sólido e, neste caso, mortal. Ela caiu como uma pedra, tocando levemente nas mãos do goleiro, que saiu pessimamente da meta, e morrendo no fundo das redes! Expresso 1x0.
O gol, entretanto, não alterou o panorama defensivo do time. Completamente perdidos na marcação, os expressanos foram cedendo espaços até que o PSG empatou em outra decisão errada do time: Artur Weiss saiu da cobertura para acompanhar o meia que recebeu na intermediária direita. Acossou-o e o fez voltar com a bola até quase a lateral, onde não matou a jogada. O meia girou, lançou nas costas da zaga, que não tinha mais cobertura e se encontrava em linha, e dois atacantes entraram no espaço vazio. Cristian Pheula e Mateus Trombetta dividiram o espaço com eles, Trombetta não conseguiu segurar a bola e ela sobrou limpa para que ocorresse o empate, aos 20 minutos.
Aos 30, no que pode ser considerado o lance mais bisonho do time até aqui na Farroupilha, Marciel Hein me pega uma bola no campo de ataque, demora para dar continuidade ao lance e tem a brilhante ideia, uma ideia quase celestial, de recuar para a defesa. Lança, assim, o centroavante atrás da linha de marcação, apenas com Mateus Trombetta à sua frente. Com tranquilidade, este apenas tem o trabalho de tocar no canto direito e virar o escore, para desespero dos companheiros de Hein.
Antes do final da etapa Fernando Gutheil, que fechava o flanco direito, foi obrigado a sacrificar-se demais para impedir o que seria o terceiro gol do PSG – ou seja, correr 5m para fazer a cobertura. Impediu o gol, mas teve de ser substituído por Rodrigo Dresch, que foi para o miolo da defesa deslocando Pheula para a lateral direita.
No intervalo os problemas foram expostos e parcialmente solucionados, com o time voltando mais atento, mais bem posicionado e soltando um pouco mais rápido a bola. Nathan Silva, então, começou a jogar mais, ajudado pela movimentação de Thiago Silva, que substituiu a Recuael Hein. Marco Viola deixou de ficar tão sobrecarregado, já que Bruno Rodrigues e Vinícius Guimarães adiantaram mais, a saída passou a vir quebrada e os homens de trás levavam vantagem no corpo a corpo. Rodrigues e Guimarães, então, tiveram melhores condições de armar lances ofensivos, e logo o Expresso começou a chegar na frente.
Cargnin recebeu na direita e cruzou com muito perigo para Dresch se antecipar à zaga dentro da pequena área, mas ela desviou no adversário e foi pela linha de fundo; Bruno Rodrigues fez lançamento preciso para Silvio Cargnin atrás da marcação e este entrou cara a cara com o goleiro rival, mas o tiro cruzado passou a milímetros do poste direito; Rodrigo Gladiador avançou pela esquerda no mano a mano com o defensor, mas foi desarmado ao tentar o drible já dentro da área quando se preparava para concluir.
O enfrentamento era franco, o time estava aberto, mas a vontade de alcançar a igualdade era maior do que o receio de sofrer o terceiro. Ricardo Toscani substituiu a Guimarães e Carlos Fernandez entrou no lugar de Viola. Fernandez ajudou a solidificar o volume de jogo que havia aumentado na etapa complementar, contribuindo com a alimentação a Silvio Cargnin e Thiago Silva. As jogadas, todavia, surgiam truncadas e o time não conseguia a chance clara de anotar, muito em função de nunca arrematar ao arco. Quase ao final, Silva foi derrubado a um passo da grande área e Cargnin cobrou com perigo, mas alto.
Para o jogo do próximo sábado o Trem Fantasma recebe os reforços de José Staudt, que estava suspenso, e André Silva, que estava fora a serviço, além das estreias de Pedro Fernandes, Bernardo e Henrique. Felipe Rodrigues ainda é dúvida, bem como Rafaelle Rosito.

Expresso da Madrugada 1x2 PSG
PT = 1x2
Local: CT Muradás, Canoas
Data: 29/03/14
Horário: 10h
Copa Farroupilha
Escalação: Mateus Trombetta –  Fernando Gutheil, Cristian Pheula, Artur Weiss e Nathan Silva; Marco Viola, Bruno Rodrigues, Vinícius Guimarães e Marciel Hein;  Silvio Cargnin e Rodrigo Gladiador. (Carlos Fernandez, Ricardo Toscani e Rodrigo Dresch ). DT: José Staudt.
Gol: Vinícius Guimarães.


Polêmica e 0x0 no ferro-agem

Polêmica e 0x0 no ferro-agem
Clássico entre ferroviários e arbitragem corintiana, como sempre, prejudicou o Expresso

Definitivamente não era jogo pra zero a zero. No primeiro ataque Marciel Hein já recebeu às costas do lateral esquerdo em veloz contragolpe e levantou na medida para Geverton Ost cabecear no segundo pau, defesa no susto do goleiro com a mão e o pé simultaneamente.
O time continuou atacando e pressionando o Corinthians, com muito mais presença ofensiva
que em jogos anteriores a despeito da velocidade dos ataques, que costumam não ter muita troca de passes até a conclusão. Nathan Silva entrou pela esquerda e bateu da linha de fundo
tentando surpreender o goleiro, que, já batido, voou a esmo, assistindo à esfera chocar-se contra o travessão. Hein recebeu livre de André Silva em outra boa troca expressana e atirou
precipitadamente por cima e desviado, quando entrava na área.
Alguns espaços, todavia, apareciam para contra-ataques, em especial por algumas desatenções defensivas, e em duas ocasiões o meia adversário recebeu livre para armar com muito perigo, a primeira delas por descuido de Ricardo Toscani e a segunda por tentativa malsucedida de José Staudt de interceptar uma jogada na intermediária ofensiva. Mas foram as únicas investidas fortes contra o gol boêmio-ferroviário em toda a etapa, mesmo com a dificuldade natural enfrentada pela alteração estratégica.
Mateus Trombetta demonstrou a mesma segurança de sempre nas intervenções que realizou, e a retaguarda esteve muito bem posicionada, com Fernando Gutheil fechando a lateral direita, Rodrigo Dresch dando combate aos avantes, e Artur Weiss sobrando. Nathan Silva, que cedeu alguns espaços no primeiro período, também foi a válvula de escape mais utilizada, e por ali surgiram ótimas progressões expressanas.
A meia-cancha funcionou com muita qualidade, desde o início das jogadas, com Toscani, até
a armação, com Staudt e Vinícius Guimarães, ambos com muito maior mobilidade que no jogo de estreia, servindo André Silva com espaço pra jogar às costas dos volantes opostos ou mesmo diretamente a Hein e Ost, os dois de boa atuação.
Uma das causas para a persistência do placar fechado ao fim dos primeiros 45 minutos foi a arbitragem de Rodrigo, quase sempre escalado para dirigir ferro-agens mesmo já tendo sido vetado nos dois anos anteriores pelo clube da coruja. Não marcou duas faltas claríssimas sobre José Staudt, uma ao lado da área e outra dentro da meia lua, uma sobre Nathan Silva, que para recuperar-se acabou recebendo cartão amarelo ao puxar o jogador que o tinha desarmado e que saía para ataque perigoso, e um pênalti sobre Marciel Hein. Por outro lado minou o Expresso com faltas inexistentes, com um critério claro: o de não ter critério...
O time teve uma perda significativa aos 10 minutos, quando Geverton Ost sentiu o posterior da coxa e teve que ser substituído por Bruno Rodrigues, que entrou no ataque e teve ótima atuação.
Na etapa complementar a equipe alterou a cabeça de área devido a uma lesão de Ricardo Toscani, promovendo a entrada de Marco Viola. Leandro Silveira entrou por volta dos 20 minutos no lugar de Gutheil, de bela atuação defensiva, dando mais vigor ao combate no setor e impondo respeito notável.
Tentando brilhar como o restante do grupo, Weiss, em seu melhor lance, partiu em meio a 5 adversários empurrando a todos como se fosse um tight-end do Green Bay Packers, clube que disputa um esporte truculento que ovalou a bola ao longo de sua existência. Percebendo
o fracasso da iniciativa, Weiss passou a empurrar com mais força, até cair sobre os escombros confiante de ter marcado algo tipo touchdown, o que não ocorreu de modo algum.
Com o passar do tempo o Trem Fantasma passou a dominar totalmente o jogo, sem dar oportunidades ao Corinthians e criando chances de gol a cada ataque. José Staudt cobrou falta com violência e o goleiro fez defesa antológica, com a bola caindo em cima da rede; Marco Viola aparou dois rebotes em escanteios, atirando ambos sobre a defesa, de dentro da
pequena área; Staudt desviou de cabeça cobrança de tiro de canto e venceu o guarda-metas, bola que ia entrando quando foi salva na linha, de cabeça, pelo zagueiro; Vinícius Guimarães serviu André Silva pela meia esquerda dentro da área, de frente para o gol, mas Silva tentou um drible a mais e desperdiçou a oportunidade; Carlos Fernandez, que surpreendeu ao estar em condições físicas de atuar, assumiu no lugar de Guimarães para dar
continuidade ao trabalho pelo lado direito do losango e já na primeira bola encontrou André
Silva atrás da retaguarda alvinegra, que cabeceou cruzado para outra excelente defesa do arqueiro, já acossado por Bruno Rodrigues, chegando para o rebote que cairia em seus pés. Atordoados pela pressão, os jogadores corintianos fizeram o que alguns times fazem quando
não encontram mais o futebol: em disputa do capitão celeste José Staudt com o defensor adversário, este mais uma vez ia ficando para trás e foi obrigado a parar o lance com falta, evidentemente não marcada. Staudt, então, tentou a recuperação da bola, buscando impedir a progressão do oponente que já saía para o ataque. Cometeu a falta e ficou caído, quando, então, passou a ser agredido verbalmente pelo rival, que, completamente transtornado, avançou sobre o expressano. Ao chegar até onde Staudt se encontrava, pisou sobre seu joelho esquerdo, começando a confusão que era unicamente de interesse do Corinthians, lanterna da competição.
No bolo, Nathan Silva acabou agredido por trás covardemente com um soco no pescoço, ficando no chão enquanto os jogadores do Corinthians tentavam intimidar o Expresso fora da bola, já que nas 4 linhas eram dominados absolutamente. Encerrado o tumulto, 10 minutos depois, Rodrigo inventou que o jogador Staudt havia agredido o oponente com um chute, expulsando o meia. E ia deixando por isso mesmo, mas depois de ser cercado pelo time da coruja decidiu aplicar o cartão amarelo no zagueiro que havia pisado no expressano,
causando nova revolta nos jogadores azulados. No entanto, este já havia levado o amarelo anteriormente, o que remediou a atitude descarada do juiz, que, malandramente, foi se escafedendo da confusão sem expulsar mais ninguém. Novamente cobrado pelos jogadores boêmios, e ajudado pelo árbitro auxiliar Tiago, finalmente expulsou o corintiano, que devia ter saído de campo somente com seu companheiro de clube, e não acompanhado do capitão
ferroviário.
Com um a mais, reposicionado após alguns minutos, o Expresso voltou à carga e tentou a vitória, e Artur Weiss quase anotou ao vencer pela direita jogada de linha de fundo e bater de bico da entrada da pequena área por cima. Porém os 3 minutos de acréscimo de Rodrigo terminaram com o jogo uma década antes do que deveria, tendo havido 9 substituições e 10 minutos de interrupção na partida, garantindo, assim, um 0x0 que convinha ao time da organização do certame.

Expresso da Madrugada 0x0 Corinthians
PT = 0x0
Local: CT Muradás, Canoas
Data: 22/03/14
Horário: 12h
Copa Farroupilha
Escalação: Mateus Trombetta – Fernando Gutheil, Rodrigo Dresch, Artur Weiss e Nathan Silva; Ricardo Toscani, José Staudt(C), Vinícius Guimarães e André Silva; Marciel Hein e Geverton Ost. (Bruno Rodrigues, Carlos Fernandez, Leandro Silveira e Marco Viola). DT: José Staudt.

Polêmicas que fizeram a história do clássico ferro-agem

1 - Benefícios ao Corinthians

2004 – Copa Farroupilha – Final
O Expresso chegava pela primeira vez a uma decisão. Depois de eliminar na semifinal o Barcelona, que jogava pelo empate, com uma vitória por 1x0, gol de José Staudt aos 39 minutos do segundo tempo, o time entrou confiante para dar sua primeira volta olímpica. Largou com 2x0, gols de José Staudt, e o Corinthians empatou depois de 2 pênaltis inexistentes, um deles defendido pelo goleiro Alex Demichei. Aos 41 da segunda etapa, Staudt novamente anotou e deu números finais ao confronto. Expresso campeão!;

2005 – Copa Farroupilha – Final
Decidindo outra vez contra o time do organizador, o Expresso desta vez não teve chances. Com um árbitro desconhecido do campeonato, que marcou 7 faltas em 2 lances na entrada da área para o boêmio-ferroviário e expulsou o capitão Martin Both por reclamação quando da sétima marcação equivocada, com o jogo em 1x1, o time alvinegro beneficiou-se da superioridade numérica para chegar à vitória;

2007 – Copa Farroupilha – Final
No terceiro encontro decisivo entre os times, mais uma vez arbitragem alienígena comandou
o confronto, que vinha sendo vencido pelo Expresso até os 41 do segundo tempo por 2x0. Já
sem Fábio Jorge, expulso por ter sido agredido por um adversário, que também foi junto pra rua, os expressanos sofreram o segundo gol aos 50 minutos do segundo tempo em impedimento inigualável. O jogo não terminou por falta de segurança promovida pelo Corinthians, e o Expresso recusou-se a voltar a campo na semana seguinte devido à grande possibilidade de os ânimos se acirrarem ainda mais. Com isto o organizador declarou sua equipe campeã;

2013 – Copa UEFA – Primeira fase
Depois de estar ganhando por 1x0, o Expresso sofreu a virada aos 45 minutos depois de não
ter sido marcada falta a seu favor, que era para expulsão pois impediu chance clara e manifesta de o azulado anotar o gol da vitória. Ainda assim o time chegou ao empate quando o zagueiro falhou e José Staudt anotou gol de pênalti aos 50 minutos depois de ser derrubado quando deixaria tudo igual. O zagueiro não foi expulso. O árbitro foi vetado pelo Expresso para o restante da competição. O gol colocou o time na segunda fase;

2014 – Copa Farroupilha – Primeira fase
O árbitro Rodrigo novamente entra em cena. Impedindo o Expresso de jogar e aproveitando todas as oportunidadespara beneficiar o Corinthians, expulsou o capitão expressano José Staudt depois que este foi agredido por um zagueiro adversário. Terminou o jogo antes da hora quando a coruja exercia pressão avassaladora sobre o Corinthians e garantiu, assim, um ponto ao alvinegro.

2 – Benefícios ao Expresso:


Não há casos.

Grupo bom, jogo médio, resultado ruim

Grupo bom, jogo médio, resultado ruim
Expresso estreia com derrota na Farroupilha, e no sábado já sai em busca de reabilitação

Foi um jogo conturbado. Com pouco tempo para acertar o time, visto praticamente não ter tido pré-temporada, o Expresso entrou em campo quase sem conversar, quase sem aquecer e, ao longo dos primeiros 45 minutos, ficou quase sem jogar. Correndo a esmo, segurando a bola em excesso, geralmente até perder, e errando a maioria esmagadora dos passes, foi sendo dominado técnica e territorialmente pelo Menino Deus, que só não conseguia abrir o placar graças ao excelente posicionamento defensivo do time, a única coisa que de fato funcionou na etapa inicial.
Leandro Silveira e Nathan Silva fecharam muito bem os espaços pelo flanco, e no meio da área Artur Weiss e Cristian Pheula impediam a penetração na área boêmio-ferroviária. No entanto, o setor de articulação fazia partida sofrível, desorganizado e lento. Ricardo Toscani, de boa atuação defensiva, segurava até perder, indeciso com o que fazer com a redonda quando ela chegava; Vinícius Guimarães pouco conseguia tirar o time de trás, e quando avançava com a bola nunca mais a recebia de volta, exatamente o mesmo que ocorria com José Staudt pelo outro lado, que além de tudo ainda errava mais passes. André Silva descia para tentar armar o jogo que não chegava, e neste intuito amontoava o time na defesa, piorando as coisas ao tentar correr com a bola ao invés de fazê-la andar. Na frente, Marciel Hein, que iniciou bem mas foi perdendo força e desaparecendo ao tentar, também, girar em todas as bolas que recebia, e Geverton Ost, o melhor do meio para a frente, que conseguia sair da marcação do primeiro adversário mas tentava sempre o lance individual e sem companhia, sendo inevitavelmente desarmado mais cedo ou mais tarde a cada ataque.
Ainda assim o Expresso assustava nas cobranças de escanteio. Na primeira delas, Ost bateu  e Staudt desviou, bola que passou por todo mundo na cara do gol. Mais tarde, a melhor chance do time nos primeiros 45 minutos: Geverton Ost cobrou tiro de canto da esquerda, ela subiu e foi levemente desviada pelo guarda-metas, evitando o gol olímpico. Ela bateu no poste, voltou para o meio da área e Leandro Silveira tentou o arremate, mas foi bloqueado.
A poucos minutos do fim, 42, Nathan Silva foi atravessar a esfera na frente da área e conseguiu propiciar ao oponente o que os demais companheiros tinham tentado antes, porém sem sucesso: o gol. Ele saiu de um pênalti cometido por Weiss ao tentar cortar o cruzamento feito pelo MD ao recolher o passe errado da saída de bola azulada.
No segundo tempo a equipe voltou melhor, mais ligada no jogo, marcando com mais firmeza e tocando mais rápido. Com Marco Viola no lugar de Toscani e Sílvio Cargnin substituindo a Hein, o Expresso ocupou mais a metade de ataque do gramado e passou a criar boas oportunidades para empatar: Vinícius Guimarães roubou a bola e fez ótima jogada, largando para André Silva, que foi derrubado na entrada da área. Ost cobrou a falta raspando; José Staudt recebeu de Cargnin na área, dominou no peito e bateu de bate-pronto por cima, com o goleiro já batido; em lance ofensivo mais uma vez de Cargnin, o zagueiro lançou-se sobre a querida na tentativa de cortá-la, mas o fez com as mãos a um passo da área, falta direta que o árbitro Adriano, com histórico inacreditável de prejuízos ao Expresso, mandou cobrar em dois lances, e Ost acertou o poste. Na sequencia a coruja seguiu pressionando, e em lance de grande perigo o adversário recuou a nêga para o goleiro para impedir o gol, e ela foi defendida no interior da pequena área. O árbitro Adriano, então, absurdamente posicionou a barreira no local da infração e puxou a redonda para trás, ao invés de colocar a muralha sobre a linha e contar os passos para saber onde deveria ficar a bola. Assim, a infração foi cobrada quase fora da grande área, e com o avanço de todo o time do MD no momento do passe Staudt não conseguiu acertar o alvo e atingiu a barreira, perdendo mais uma excelente chance de empatar.
Depois de tanto insistir, os erros de conclusão cobraram seu preço e, num contragolpe rápido, Rodrigo Dresch, que havia entrado no lugar de Artur Weiss, perdeu na corrida para o velocíssimo avante, que entrou na diagonal e bateu cruzado, vencendo Trombetta e ampliando para os aurinegros.
O Menino Deus ainda conseguiu marcar o terceiro gol num erro de marcação na área expressana um minuto depois, praticamente matando o jogo. O Expresso fez suas últimas modificações com as entradas de Fernando Gutheil e Thiago Silva, e conseguiu descontar, finalmente, aos 30, pênalti sofrido por este último ao entrar na área cara a cara com o goleiro, que merceia a expulsão. Ost bateu com frieza e o Expresso tentou uma pressão final, sem, contudo, conseguir os mesmos espaços para concluir as jogadas que encontrou no início do segundo tempo. Na melhor delas José Staudt cobrou falta perigosa e o goleiro desviou para escanteio.
Destaque para o lance mais bizarro da competição, quando poucos minutos depois de sofrer o primeiro gol o Expresso levou uma bola no poste em voleio sensacional do adversário. Ela voltou na direção do capitão boêmio-ferroviário, que rebateu com nojo de volta para o meio, colocado que estava de frente para a meta, em direção ao zagueiro Artur Weiss. Este, atônito com o erro grotesco do companheiro, tentou rechaçá-la definitivamente para qualquer lugar, mas deu de sola nela de novo para a área, onde finalmente um batalhão expressano lançou-se sobre a esfera para afastá-la de vez, no que poderia ter se transformado no gol mais imbecil sofrido pelo time em toda a história.
Agora o Expresso volta a campo sábado, 12h, contra o Três Figueiras, necessitando de uma vitória para recuperar os pontos perdidos na rodada inaugural. Já estão confirmados os desfalques de Cristian Pheula, que perderá os dentes amanhã, e de Leandro Silveira, este no primeiro tempo, pois finge que trabalha...

Expresso da Madrugada 1x3 Menino Deus
PT = 0x1
Local: CT Muradás, Canoas
Data: 15/03/14
Horário: 10h
Copa Farroupilha
Escalação: Mateus Trombetta –  Leandro Silveira, Cristian Pheula, Artur Weiss e Nathan Silva; Ricardo Toscani, José Staudt(C), Vinícius Guimarães e André Silva;  Marciel Hein e Geverton Ost. (Fernando Gutheil, Marco Viola, Rodrigo Dresch, Sílvio Cargnin e Thiago Silva). DT: José Staudt.

Gol: Geverton Ost.