terça-feira, 19 de novembro de 2013

“BU!!!”

“BU!!!” 
Trem Fantasma assusta outra vez, bate o Ipanema por 1x0 e encosta na zona de classificação

No último sábado foi a vez do Ipanema, equipe contra a qual jamais havia conquistado os 3 pontos, levar o cagaço! É que o retrospecto não indicava possibilidade de sobressaltos. Mas, com a capacidade que só ele tem, o Expresso apagou a luz lá pelas 13h20 e nunca mais cedeu a vantagem, no mais puro sacrifício, conquistando extraordinário triunfo que lhe dá melhores possibilidades de alcançar um lugar nas quartas de final.

A missão ganhou contornos épicos quando, no momento do início da preleção do treinador Vinícius Merlo, havia apenas 10 jogadores em condições de representar a coruja num jogo em que o único resultado aceitável era a vitória. André Maders, lesionado há 2 meses, voluntariou-se para envergar novamente a marinho-celeste apesar da impossibilidade física, aceitando o ingrato papel de completar o time e substituir o avante Rodrigo Gladiador, lesionado. Ficaria em campo até o surgimento do primeiro atrasado, quando então deixaria as quatro linhas para ajudar ainda mais, o que ocorreu por volta dos 10 minutos. Nathan 'Varejão' Silva foi quem assumiu, e José Staudt deixou a lateral esquerda para voltar à meia.

O time manteve-se inalterado até o final do primeiro tempo. Com Nathan Silva a defesa ganhou reforço qualificadíssimo para segurar o rival, que já tentava avançar sobre o seu campo. Do outro lado, Vinícius Guimarães neutralizou o hábil articulador que caía no seu setor, desarmando-o com frequência. Recuperava a bola e enfiava-a para Sílvio Cargnin, o infernal avante recuado que desestabilizou a defensiva contrária todo o primeiro tempo, forçando o cartão do lateral esquerdo e sua substituição antes do intervalo.

Cristian Pheula e Artur Weiss dominavam os atacantes do Ipanema com segurança máxima, antecipando-se, desarmando e iniciando os contragolpes. Na bola aérea mantinham a mesma eficácia, mas quando eventualmente alguém aparecia entre eles e o goleiro Mateus Trombetta, este último transformava a meta numa caixa de fósforos. No único lance de maior perigo criado pela defesa, Artur Weiss quis inventar e sair jogando de costas para o campo e foi desarmado, conseguindo, depois, tropeçar em tudo e atrapalhar o adversário, que acabou saindo com a bola pela linha de fundo.

Marco Viola, há um mês parado e ainda lesionado no joelho, fez companhia a Ricardo Toscani na volância, e ambos sustentaram bem o toque de bola envolvente do Ipanema. Conseguiam dar boa saída ao time acionando laterais e meias, e ainda posicionavam-se em condições de encontrar os armadores já no campo ofensivo, o que ajudou muito a equipe a ter mais volume de jogo a partir dos 20 minutos. Depois de belo passe de Viola, Staudt arrematou com violência da intermediária e obrigou o goleiro a rebater de qualquer maneira.

Na parada técnica Merlo reforçou a organização tática do Expresso, avançando um pouco mais Staudt para que este tentasse contribuir com Marciel Hein e Cristiano de Souza na frente. As jogadas foram criadas com qualidade, mas a definição deixou muito a desejar. Hein, apesar do belo trabalho defensivo, passou o dia impedido, causando a fúria dos elementos; e de Souza quase marcou depois de lindíssima progressão de Cargnin pelo miolo, mas ao não servir nenhum dos três companheiros que entravam de frente e optar pelo arremate, desperdiçou ótima oportunidade.

A equipe se sustentava basicamente na organização, no comprometimento, na garra. Apesar de um bom jogo tecnicamente, em teoria o preparo físico definharia, e com ele o Expresso. No intervalo, porém, Merlo e os atletas, mais Fernando Gutheil, investiram-se do algo a mais que transforma seres comuns em mitológicos. O sempre bizarro Expresso, que sai do ostracismo da garagem hermética em que se encontra para retomar sua vida espectral interminável, então, assume condicionamento sobrenatural para enfrentar o rival multitudinário e, com a aparição não menos paranormal de Geverton Ost como reforço, volta com tudo para conquistar a única coisa que lhe importa.

Rodrigo Dresch, o brucutu fanfarrão que um dia foi chamado de zagueiro, havia confirmado e não apareceu; Jaílson Reinaldo, o Gladiador egípcio, fora derrubado pela noite interminável de trabalho e também se ausentou; André Silva, irmão de Varejão, dava sinais de que seria mais um a desaparecer na hora mais escura; e apenas Ost, sobrenome predestinadamente herdado da Alemanha comunista, espião da STASI na Liga Universitária de Futebol Estadunidense no ano passado, oxigenaria a equipe para os últimos 45 minutos de calor saariano.

Inexplicavelmente, como tudo no Expresso, o time voltou melhor do descanso, sangue nos olhos de quem não se entrega. Mesmo com dois contragolpes puxados por José Staudt desperdiçados miseravelmente, e com Marciel Hein aparecendo impedido em mais umas três oportunidades, os boêmio-ferroviários voltaram para ganhar. E quando Geverton Ost recebeu pela direita e tentou o chute, a bola do jogo já tinha traçado o seu caminho. Voltou, depois de bater na zaga, para Cristiano de Souza, que desferiu outro arremate bloqueado, e ela subiu. Na queda encontrou José Staudt mais à frente, orientação de Vinícius Merlo e Marco Viola durante o intervalo, entrando na área. Quando finalmente desceu, foi para apagar a luz!:

-      BU!!!
Mais um susto no mundo, o petardo no ângulo, o banco invadindo, e Expresso 1x0! Viola ainda tentou anotar o segundo num cabeçaço espetacular salvo inacreditavelmente pelo goleiro, mas não era dia de fazer mais gols, e sim de evitá-los!

Luz se foi no meio da tarde: coisa do Expresso...
Depois da parada técnica André Silva chegou para contribuir durante os últimos 20 minutos de retração total expressana. Com Fernando Gutheil precisando entrar no lugar de Marco Viola a situação ficou ainda mais dramática, com os todos tendo que redobrar os esforços de contenção. Mateus Trombetta, então, reapareceu. Depois das duas bolas no poste na primeira etapa, lances até certo ponto esporádicos tramados pelo adversário, teve que brilhar em meio à escuridão que se abatia sobre o campo de jogo: um milagre no chute colocado e bola para escanteio; mas, especialmente, a impossível defesa, mais que um milagre, na cabeçada que venceu Cristian Pheula e Nathan Silva quase na pequena área e que ele, Trombetta, defendeu fazendo-a explodir no travessão e bater na linha, sendo finalmente rechaçada por 'Varejão' Silva pela lateral, por cima dos projetos de vestiário do campo 3 do Muradás.
Depois de tudo isso, mesmo com um a mais devido à expulsão do lateral Lafayette por agressão a André Silva, o time continuou se defendendo da pressão exercida pelo Ipanema, que não teve mais vigor para chegar com perigo. Os expressanos administraram o inestimável placar até o apito final do árbitro Tiago e festejaram a segunda vitória do ano, que coloca o quadro na 9ª colocação, fora do G8 apenas nos critérios.

No dia 23, 14h, o fantasma volta a assombrar, agora contra o Pampa, no jogo mais importante de todos até aqui, e que pode encaminhar a vaga aos matas da UEFA. 24, domingo, é a vez de encarar o Azenha, também às 14h.

Expresso da Madrugada 1x0 Ipanema
PT = 0x0
Local: CT Muradás, Canoas
Data: 09/11/13
Horário: 12h

Copa UEFA

Escalação: Mateus Trombetta –  Vinícius Guimarães, Cristian Pheula, Artur Weiss e José Staudt; Ricardo Toscani, Marco Viola, Silvio Cargnin, Cristiano de Souza e Marciel Hein; André Maders. (André Silva, Fernando Gutheil, Geverton Ost e Nathan Silva). DT: Vinícius Guimarães.
Gol: José Staudt.




terça-feira, 12 de novembro de 2013

Classificação atualizada !



































Nossos últimos jogos serão contra:

Pampa
Azenha
Bazar Mimo 


Rodadas que faltam da 1a fase:


Dia:            9o  Rodada
10:00 h.- campo 1: Ipanema  x  Abc                                                 
10:00 h.- campo 3: Borrachos  x  Aliança                                
12:00 h.- campo 1: Bazar Mimo  x  All Blacks
12:00 h.- campo 3: Corinthians  x  Azenha  
14:00 h.- campo 2: Psg  x  Mônaco  
14:00 h.- campo 3: Pampa  x  Expresso da Madrugada

Dia:           10o  Rodada
10:00 h.- campo 1: Ipanema  x  All Blacks                                                   
10:00 h.- campo 3: Pampa  x  Borrachos                                  
12:00 h.- campo 1: Corinthians  x  Mônaco
12:00 h.- campo 3: Bazar Mimo  x  Abc  
14:00 h.- campo 2: Azenha  x  Expresso da Madrugada
14:00 h.- campo 3: Psg  x  Aliança

Dia:           11o  Rodada
10:00 h.- campo 1: Psg  x  Borrachos                                                 
10:00 h.- campo 3: Pampa  x  Azenha                                
12:00 h.- campo 1: Mônaco  x  All Blacks
12:00 h.- campo 3: Bazar Mimo  x  Expresso da Madrugada  
14:00 h.- campo 2: Ipanema  x  Aliança
14:00 h.- campo 3: Corinthians  x  Abc

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Mãos ao alto! Nos levaram mais 3 pontos...

Mãos ao alto! Nos levaram mais 3 pontos...
Erros infantis e sina de ser assaltado em todos os jogos vão afastando o Expresso do G8

O time jogou muito bem. Dominou o Mônaco, líder invicto da competição, em boa parte do encontro. Criou inúmeras oportunidades para sair com a vitória, desperdiçou-as quase todas, foi roubado novamente pelo árbitro, cometeu um erro banal aos 49 do segundo tempo e foi punido sem misericórdia pelos Deuses do futebol. Nova derrota, 2x1, e a 11ª posição na tabela, a 3 pontos da zona de classificação.

Tudo começou como planejado: cuidados defensivos, bom posicionamento, marcação atenta e vitória nas divididas, lances perigosos de contragolpe e largada na frente. Fábio Jorge fez jogada individual. Depois de receber de Silvio Cargnin, trouxe para o pé direito na entrada da área e bateu firme, no chão, bola que quicou no gramado e traiu o guarda-metas monegasco, abrindo o escore para o Expresso logo depois de ter perdido excelente oportunidade ao levar a zaga na corrida e bater prensado com o defensor contrário. O 1x0 inicial refletia a melhor atuação boêmio-ferroviária, e não era nenhuma surpresa pelo que se via dentro de campo. Cristiano de Souza quase ampliou ao receber de José Staudt em nova escapada rápida, mas não teve domínio. Perdeu tempo, a bola e o gol.

Com Rafaelle Rosito na lateral direita devido às ausências dos dois homens da função, o volante Ricardo Toscani teve de dar uma contribuição extra ao companheiro na contenção do velocíssimo avante que atuava naquela região do campo, e junto com os zagueiros Cristian Pheula e Artur Weiss, retornando de lesão, e Nathan Silva na lateral esquerda fechando o setor, mostravam segurança defensiva absoluta e praticamente não possibilitavam nenhuma penetração do Mônaco na área. Na única vez em que houve um espaço maior, Mateus Trombetta brilhou mais uma vez e manteve o time em vantagem.

José Staudt, um pouco mais recuado como volante, saía de trás com Nathan Silva dando início às jogadas de ataque azuladas, tentando municiar Cristiano de Souza e Silvio Cargnin para que estes servissem Fábio Jorge no ataque, o que funcionava muito bem. Depois da parada técnica, no entanto, o Mônaco empatou em erro de posicionamento defensivo, e a bola lançada às costas da retaguarda deixou o centroavante na cara de Trombetta para bater com grande categoria e deixar tudo igual.

Staudt e Felipe Rodrigues ainda tiveram oportunidades de recolocar o trem fantasma à frente, mas o primeiro dominou mal o bom passe de Jorge e a bola espirrou, e o segundo desperdiçou excelente ocasião ao segurar demais a bola, limpar o oponente com dificuldade e bater fraco quando mais dois companheiros chegavam de frente para a meta.

No intervalo, a comissão técnica formada pelo triunvirato André Maders, Fernando Gutheil e Vinícius Guimarães em substituição a Vinícius Merlo e Martin Both, que desapareceram sem deixar vestígios e são procurados pela Polícia Civil, reposicionou a equipe e promoveu mudança na lateral direita com a entrada de Marciel Hein no lugar de Rosito. O time voltou da mesma forma que havia começado a etapa inicial, dominando o jogo e criando boas chances de gol. Rodrigues saiu em velocidade pela esquerda, mas bateu alto tentando achar o ângulo esquerdo do goleiro. Em seguida o triunvirato promoveu a reestreia do meia-armador Bruno Rodrigues, que atuou como volante ao lado de José Staudt e mostrou ótima noção de posicionamento, consolidando a boa atuação defensiva do time.

Delegado Ranolfo confiante: “Vamos achá-los até sábado!”
Com a entrada de Rodrigo Gladiador em substituição a Silvio Cargnin – outro que atuou lesionado desde o início do jogo –, o Expresso teve sua melhor oportunidade do campeonato de marcar quando Staudt achou o projeto de arranha-céu atrás da zaga e deixou-o frente a frente com o arqueiro com tempo de sobra para escolher o canto e liberdade utópica para anotar tranquilamente o que poderia ser o gol da vitória. O avante deixou ela quicar, desceu o sarrafo com violência, jogou-a a um palmo do poste pela linha de fundo e agora deverá providenciar o conserto da tela de proteção, destruída com o impacto da esfera semi descascada. E aos 21 minutos mais um escândalo envolvendo as arbitragens e o Expresso: Felipe Rodrigues recebeu na área, passou pelo adversário e entrava livre, cara a cara com o goleiro, para fazer o gol. Foi derrubado antes mesmo que pudesse preparar o chute, e o pênalti escandaloso, de concurso, não foi marcado pelo juiz, que ainda apresentou cartão amarelo ao atleta fantasma por simulação.

O Mônaco não atacava com perigo, e tentava na base dos cruzamentos sobre a área um gol casual. Já com Fernando Gutheil em campo, lesionado, e Reinaldo Maders no ataque no lugar de Fábio Jorge, conseguiu a oportunidade que buscava através do próprio Expresso. O curioso caso da equipe veterana que vai perdendo experiência com o passar dos anos foi uma vez mais o elemento chave na anotação do tento pelo líder do campeonato. Na tentativa de afastar a bola para o ataque aos 49 minutos do segundo tempo quando ela quicava próxima ao bico da área, lançou-a para dentro da meia-lua, onde caiu no pé do rival que atirou rasteiro, no cantinho, sem chances para Mateus Trombetta e definiu o placar final que deu a derrota ao Expresso num jogo em que foi melhor. No abafa o time quase empatou com José Staudt de letra após cruzamento de Nathan Silva, mas a bola saiu pela linha de fundo por pouco não sendo alcançada por Reinaldo Maders, o que poderia ter sido pelo menos um consolo para o time no último lance do embate.

Expresso: perder experiência não é comum...
Agora, no próximo sábado, o time tem um compromisso decisivo contra um adversário direto na briga pela classificação, o Ipanema, equipe contra a qual o Expresso jamais conquistou os 3 pontos.


Expresso da Madrugada 1x2 Mônaco
PT = 1x1
Local: CT Muradás, Canoas
Data: 19/10/13
Horário: 14h

Copa UEFA

Escalação: Mateus Trombetta –  Rafaelle Rosito, Cristian Pheula, Artur Weiss e Nathan Silva; Ricardo Toscani, José Staudt(C), Silvio Cargnin, Cristiano de Souza e Felipe Rodrigues; Fábio Jorge. (Bruno Rodrigues, Fernando Gutheil, Marciel Hein, Reinaldo Maders e Rodrigo Gladiador). DT: André Maders, Fernando Gutheil e Vinícius Guimarães.
Gol: Fábio Jorge.