Derrota
desnecessária...
Expresso erra
demais, é prejudicado pela arbitragem, e perde para o líder Mônaco por 2x0
O
jogo teve dois tempos distintos: no primeiro, o predomínio do Mônaco foi total.
Mal tecnicamente, o Expresso errava passes, segurava demais a bola, sempre
perdendo-a no ataque e possibilitando o retorno do adversário ao campo
ofensivo.
Ainda
assim, com boas atuações de Felipe Pacheco e Rodrigo Dresch, a equipe
boêmio-ferroviária não sofria grandes sobressaltos, uma vez que o Mônaco não
tinha profundidade.
Com
os volantes Marco Viola e Vinícius Guimarães muito recuados, e Carlos Fernandez
tentando adaptar-se à nova função – na meia –, apenas José Staudt conseguia
levar a bola com mais frequência à frente, mesmo assim sem criatividade. Nas
poucas vezes que chegou aos atacantes Rodrigo Gladiador e Leandro Silveira, ela
bateu e voltou, por falha no domínio, por excesso de individualismo, ou por
erros de passe.
Os
laterais Nathan Silva, pela esquerda, e Jefferson Silva, pela direita, tinham
dificuldades de sair com a mesma qualidade devido à falta de aproximação dos
companheiros das redondezas, o que os tornou burocráticos e pouco incisivos. O
time, com isso, perdeu uma importante válvula de escape para sair de trás, e a
posse de bola tornou-se cada vez mais escassa.
Em
45 minutos houve apenas um chute a gol, de Rodrigo Gladiador, que dominou na
área, demorou para limpar o zagueiro e atirou prensado, perdendo a única
oportunidade do primeiro tempo.
O
Mônaco pouco fez de diferente. No entanto, conseguiu um escore importante ao
anotar dois gols em falhas expressanas. No primeiro, um cruzamento da linha de fundo
encontrou uma imperfeição do gramado e enganou Dagoberto Trento, que passou por
baixo da bola. Atrás dele estava o avante, que apenas empurrou para o arco
vazio. Já no segundo, Vinícius Guimarães disputou a bola na lateral do gramado
e pediu falta. Adriano, que para o Expresso não apita uma, permitiu a sequencia
do lance e a bola foi passada para o atacante pelo flanco, em condição
duvidosa. Ele entrou pela esquerda e bateu para trás, jogada que resultou no
segundo tento monegasco.
Era
necessário que o time se remobilizasse para a segunda etapa. O resultado era
fruto de uma péssima atuação coletiva, uma vez que os jogadores não se
movimentavam em campo e com isso não possibilitavam alternativas de jogadas aos
companheiros que tinham a bola. Além disso, escolhendo mal os lances, não
lograva êxito em ser ofensivo, passando o período todo atrás da bola para, ao
reconquistá-la, cedê-la novamente de imediato.
O
time voltou o mesmo, com algumas orientações para tentar corrigir a atuação
desanimadora. Após alguns minutos, em que já se via melhora técnica acentuada,
entraram André Maders no lugar de Vinícius Guimarães na meia cancha e Cristiano
Maders no lugar de Carlos Fernandez. Ambos deram mais movimentação ao time, que
então passou a dominar amplamente o adversário.
A
bola começou a chegar muito mais ao ataque, e a primeira grande oportunidade
apareceu quando Cristiano Maders recebeu passe de Rodrigo Gladiador dentro da
pequena área após cruzamento no segundo pau, mas concluiu fraco e facilitou a
defesa do goleiro. Na sequencia, Gladiador recebeu livre pela esquerda e
invadiu a área, inexplicavelmente cortando o zagueiro para dentro antes de
chutar, o que possibilitou ao defensor, novamente, o bloqueio do arremate e
levando o Expresso a perder outro gol feito.
O
Mônaco apenas se defendia, ressentindo-se dos desfalques e de preparação
física, que surpreendentemente era inferior à do Expresso. Entraram Marciel
Hein, Bruno Fernandez e Ângelo Zanetti, e a partir daí o domínio expressano foi
absoluto.
Gladiador
mais uma vez teve chance claríssima de gol, dominando dentro da área e girando
para concluir com muito perigo, chute que passou tirando tinta do poste do
goleiro, já batido.
Aberto
atrás, agora com José Staudt fazendo companhia a Jefferson Silva na volância em
virtude de alteração tática promovida pelo treinador Martin Both, o time agora
corria riscos nos contragolpes que o Mônaco puxava para tentar matar o jogo.
Porém, a excelente atuação de Pacheco e de Zanetti impediu o adversário de
criar ocasiões de perigo, e o Expresso continuou cada vez mais em cima e
pressionando em busca do seu gol. A bola que era rechaçada pelo rival caía
novamente em poder dos boêmio-ferroviários, que voltavam a ameaçar, com toques
mais rápidos e deslocamentos.
Cristiano
Maders, de boa atuação, recebeu na entrada da área e bateu forte, o goleiro não
segurou, mas ninguém chegou junto para aproveitar o rebote, e mais uma vez o
time deixou passar o momento. Pelos lados, Nathan Silva e André Maders chegavam
com facilidade, e agora, com 3 homens na frente, o Expresso utilizava as
margens do campo para chegar com força ao ataque. No entanto, o mau uso dos
cruzamentos impediu que o time descontasse, visto que quase todos os
levantamentos foram improdutivos, direto pela linha de fundo ou nas mãos do
goleiro.
André
Maders atirou com perigo da direita, mas a bola passou na frente de todo mundo
e saiu; Marciel Hein recebeu livre na área, tentou o passe e errou, mas a bola
voltou apara ele, outra vez livre, quando então não teve a tranquilidade de levantar
a cabeça, e deu um balão para fora ao invés de cruzar para o segundo pau, onde
entravam livres dois companheiros; José Staudt pegou rebote da entrada da área,
limpou o adversário e bateu forte para fora, próximo à meta; depois, serviu
Bruno Fernandez na área, mas este demorou a concluir e perdeu a chance.
Adriano,
o juiz, conseguiu expulsar o atacante Hein por agressão quando este tentava o
arremate e foi desarmado pelo zagueiro do Mônaco, que irritou-se
inexplicavelmente e partiu para cima do jogador boêmio, agredindo-o com um
empurrão violento. Pelo menos expulsou também o adversário, este o único que
deveria ser excluído do gramado.
Mas
o Expresso seguiu pressionando, buscando, com grande volume, alterar o panorama
do embate. O mesmo Fernandez, que perdera tempo em lance instantes antes,
recebeu pela direita de ataque, avançou, levantou a cabeça e cruzou na medida
para Staudt descontar, da linha da pequena área, mas no exato momento da
conclusão o meio-campista azulado foi empurrado acintosamente pelo zagueiro,
que já não tinha nenhuma possibilidade de interceptar a jogada. O pênalti
claro, que poderia encaminhar a reação, resultaria, além disso, em expulsão do
atleta contrário, uma vez que impediu chance vivíssima de gol, a dois metros da
linha fatal. Mas não foi marcado pelo árbitro Adriano, que mais uma vez
prejudicou o Expresso, contra quem tem um histórico impressionante de erros
capitais, inclusive o que definiu o título da UEFA do ano passado.
Antes
do encerramento, Staudt ainda pegou outro rebote que passou à esquerda do
goleiro, e Jefferson Silva foi expulso por reclamação, esgotado pelos erros do
juiz que, além de impedirem a fluidez do jogo, o que beneficiou o Mônaco, ainda
por cima garantiam segundos preciosos para o adversário quando este perderia
legalmente a bola e, consequentemente, seria obrigado a desgastar-se ainda mais
para evitar a pressão do atual vice-campeão do certame.
Com
o resultado, o Expresso precisará buscar os 6 pontos que restam para não
depender de resultados paralelos para buscar a classificação. A vitória contra
o Aliança, em especial, é fundamental para a briga pela vaga, sem o que apenas
um milagre poderá colocar o Expresso nos quadrangulares decisivos.
Expresso da Madrugada 0x2 Mônaco
PT = 0x2
Local: CT Muradás, Canoas
Data: 20/10/2012
Horário: 16h
Copa UEFA
Escalação: Dagoberto Trento –
Jefferson Silva, Rodrigo Dresch, Felipe Pacheco e Nathan Silva; Marco Viola,
Vinícius Guimarães, José Staudt(C) e Carlos Fernandez; Rodrigo Gladiador e
Leandro Silveira. (André Maders, Ângelo Zanetti, Bruno Fernandez, Cristiano
Maders e Marciel Hein). DT: Martin Both.
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