quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Depois de boa sequencia, nova derrota no certame


Derrota desnecessária...
Expresso erra demais, é prejudicado pela arbitragem, e perde para o líder Mônaco por 2x0

O jogo teve dois tempos distintos: no primeiro, o predomínio do Mônaco foi total. Mal tecnicamente, o Expresso errava passes, segurava demais a bola, sempre perdendo-a no ataque e possibilitando o retorno do adversário ao campo ofensivo.

Ainda assim, com boas atuações de Felipe Pacheco e Rodrigo Dresch, a equipe boêmio-ferroviária não sofria grandes sobressaltos, uma vez que o Mônaco não tinha profundidade.

Com os volantes Marco Viola e Vinícius Guimarães muito recuados, e Carlos Fernandez tentando adaptar-se à nova função – na meia –, apenas José Staudt conseguia levar a bola com mais frequência à frente, mesmo assim sem criatividade. Nas poucas vezes que chegou aos atacantes Rodrigo Gladiador e Leandro Silveira, ela bateu e voltou, por falha no domínio, por excesso de individualismo, ou por erros de passe.

Os laterais Nathan Silva, pela esquerda, e Jefferson Silva, pela direita, tinham dificuldades de sair com a mesma qualidade devido à falta de aproximação dos companheiros das redondezas, o que os tornou burocráticos e pouco incisivos. O time, com isso, perdeu uma importante válvula de escape para sair de trás, e a posse de bola tornou-se cada vez mais escassa.

Em 45 minutos houve apenas um chute a gol, de Rodrigo Gladiador, que dominou na área, demorou para limpar o zagueiro e atirou prensado, perdendo a única oportunidade do primeiro tempo.

O Mônaco pouco fez de diferente. No entanto, conseguiu um escore importante ao anotar dois gols em falhas expressanas. No primeiro, um cruzamento da linha de fundo encontrou uma imperfeição do gramado e enganou Dagoberto Trento, que passou por baixo da bola. Atrás dele estava o avante, que apenas empurrou para o arco vazio. Já no segundo, Vinícius Guimarães disputou a bola na lateral do gramado e pediu falta. Adriano, que para o Expresso não apita uma, permitiu a sequencia do lance e a bola foi passada para o atacante pelo flanco, em condição duvidosa. Ele entrou pela esquerda e bateu para trás, jogada que resultou no segundo tento monegasco.

Era necessário que o time se remobilizasse para a segunda etapa. O resultado era fruto de uma péssima atuação coletiva, uma vez que os jogadores não se movimentavam em campo e com isso não possibilitavam alternativas de jogadas aos companheiros que tinham a bola. Além disso, escolhendo mal os lances, não lograva êxito em ser ofensivo, passando o período todo atrás da bola para, ao reconquistá-la, cedê-la novamente de imediato.

O time voltou o mesmo, com algumas orientações para tentar corrigir a atuação desanimadora. Após alguns minutos, em que já se via melhora técnica acentuada, entraram André Maders no lugar de Vinícius Guimarães na meia cancha e Cristiano Maders no lugar de Carlos Fernandez. Ambos deram mais movimentação ao time, que então passou a dominar amplamente o adversário.

A bola começou a chegar muito mais ao ataque, e a primeira grande oportunidade apareceu quando Cristiano Maders recebeu passe de Rodrigo Gladiador dentro da pequena área após cruzamento no segundo pau, mas concluiu fraco e facilitou a defesa do goleiro. Na sequencia, Gladiador recebeu livre pela esquerda e invadiu a área, inexplicavelmente cortando o zagueiro para dentro antes de chutar, o que possibilitou ao defensor, novamente, o bloqueio do arremate e levando o Expresso a perder outro gol feito.

O Mônaco apenas se defendia, ressentindo-se dos desfalques e de preparação física, que surpreendentemente era inferior à do Expresso. Entraram Marciel Hein, Bruno Fernandez e Ângelo Zanetti, e a partir daí o domínio expressano foi absoluto.

Gladiador mais uma vez teve chance claríssima de gol, dominando dentro da área e girando para concluir com muito perigo, chute que passou tirando tinta do poste do goleiro, já batido.

Aberto atrás, agora com José Staudt fazendo companhia a Jefferson Silva na volância em virtude de alteração tática promovida pelo treinador Martin Both, o time agora corria riscos nos contragolpes que o Mônaco puxava para tentar matar o jogo. Porém, a excelente atuação de Pacheco e de Zanetti impediu o adversário de criar ocasiões de perigo, e o Expresso continuou cada vez mais em cima e pressionando em busca do seu gol. A bola que era rechaçada pelo rival caía novamente em poder dos boêmio-ferroviários, que voltavam a ameaçar, com toques mais rápidos e deslocamentos.

Cristiano Maders, de boa atuação, recebeu na entrada da área e bateu forte, o goleiro não segurou, mas ninguém chegou junto para aproveitar o rebote, e mais uma vez o time deixou passar o momento. Pelos lados, Nathan Silva e André Maders chegavam com facilidade, e agora, com 3 homens na frente, o Expresso utilizava as margens do campo para chegar com força ao ataque. No entanto, o mau uso dos cruzamentos impediu que o time descontasse, visto que quase todos os levantamentos foram improdutivos, direto pela linha de fundo ou nas mãos do goleiro.

André Maders atirou com perigo da direita, mas a bola passou na frente de todo mundo e saiu; Marciel Hein recebeu livre na área, tentou o passe e errou, mas a bola voltou apara ele, outra vez livre, quando então não teve a tranquilidade de levantar a cabeça, e deu um balão para fora ao invés de cruzar para o segundo pau, onde entravam livres dois companheiros; José Staudt pegou rebote da entrada da área, limpou o adversário e bateu forte para fora, próximo à meta; depois, serviu Bruno Fernandez na área, mas este demorou a concluir e perdeu a chance.

Adriano, o juiz, conseguiu expulsar o atacante Hein por agressão quando este tentava o arremate e foi desarmado pelo zagueiro do Mônaco, que irritou-se inexplicavelmente e partiu para cima do jogador boêmio, agredindo-o com um empurrão violento. Pelo menos expulsou também o adversário, este o único que deveria ser excluído do gramado.

Mas o Expresso seguiu pressionando, buscando, com grande volume, alterar o panorama do embate. O mesmo Fernandez, que perdera tempo em lance instantes antes, recebeu pela direita de ataque, avançou, levantou a cabeça e cruzou na medida para Staudt descontar, da linha da pequena área, mas no exato momento da conclusão o meio-campista azulado foi empurrado acintosamente pelo zagueiro, que já não tinha nenhuma possibilidade de interceptar a jogada. O pênalti claro, que poderia encaminhar a reação, resultaria, além disso, em expulsão do atleta contrário, uma vez que impediu chance vivíssima de gol, a dois metros da linha fatal. Mas não foi marcado pelo árbitro Adriano, que mais uma vez prejudicou o Expresso, contra quem tem um histórico impressionante de erros capitais, inclusive o que definiu o título da UEFA do ano passado.

Antes do encerramento, Staudt ainda pegou outro rebote que passou à esquerda do goleiro, e Jefferson Silva foi expulso por reclamação, esgotado pelos erros do juiz que, além de impedirem a fluidez do jogo, o que beneficiou o Mônaco, ainda por cima garantiam segundos preciosos para o adversário quando este perderia legalmente a bola e, consequentemente, seria obrigado a desgastar-se ainda mais para evitar a pressão do atual vice-campeão do certame.

Com o resultado, o Expresso precisará buscar os 6 pontos que restam para não depender de resultados paralelos para buscar a classificação. A vitória contra o Aliança, em especial, é fundamental para a briga pela vaga, sem o que apenas um milagre poderá colocar o Expresso nos quadrangulares decisivos.

Expresso da Madrugada 0x2 Mônaco
PT = 0x2
Local: CT Muradás, Canoas
Data: 20/10/2012
Horário: 16h

Copa UEFA

Escalação: Dagoberto Trento – Jefferson Silva, Rodrigo Dresch, Felipe Pacheco e Nathan Silva; Marco Viola, Vinícius Guimarães, José Staudt(C) e Carlos Fernandez; Rodrigo Gladiador e Leandro Silveira. (André Maders, Ângelo Zanetti, Bruno Fernandez, Cristiano Maders e Marciel Hein). DT: Martin Both.

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