A cara do
Expresso
Boêmio-ferroviários batem o líder por 4x0, encerram
sequência de derrotas e alcançam G4
Com
um time perfeitamente equilibrado, bem posicionado, vibrante e aguerrido,
conseguiu a coruja, desde os movimentos iniciais, neutralizar as melhores
jogadas do Borrachos e impor seu ritmo, trabalhando a bola com qualidade no
meio, avançando pelos flancos e chegando em condições de escolher a melhor
alternativa para buscar o gol.
Ainda
assim, num descuido de posicionamento, foram eles que tiveram a primeira
oportunidade da tarde, lançamento longo que pegou a defesa desarrumada e
pedindo um impedimento que não havia. O atacante avançou pela esquerda, entrou
na área, mas não conseguiu a conclusão perfeita, perdendo ótimo lance.
A
partir daí o Expresso começou a dominar amplamente a meia-cancha, o que trouxe
tranquilidade ao time, mais compactado e movediço. Variando as investidas pelos
diversos setores, desarticulou o sistema defensivo contrário, e as situações
vivas passaram a acontecer. Rodrigo Gladiador foi acionado pela esquerda e
passou pelo marcador com facilidade, cruzando rasteiro para Fernando Gutheil
lançar-se de carrinho um milésimo de segundo atrasado, perdendo o gol.
Com
um toque de bola envolvente o time ameaçava constantemente a meta oposta. José
Staudt, Jefferson Silva e Carlos Fernandez tentaram arremates de fora da área,
numa clara demonstração de controle dos espaços no campo adversário. Até que
aos 25 minutos o Expresso recuperou a esfera na defesa e saiu com toques
rápidos no contragolpe. De primeira, Fernandez achou Staudt em projeção pelo
lado direito. O passe já chegou a ele na entrada da área, e com mais um toque,
ganhou o tempo que precisava para calibrar o cruzamento. De pé direito levantou
atrás do zagueiro que marcava o centroavante Gutheil, que já subiu
completamente livre e testou firme no ângulo, contrapé do goleiro, Expresso
1x0.
O
time, todavia, não parou, e continuou buscando ser ofensivo. Staudt mais uma
vez chegou à frente, agora pelo lado esquerdo. Recebeu de Nathan Silva e passou
pelo marcador, levantou a cabeça e serviu Gladiador na área. O avante dominou,
trouxe para o pé direito e soltou a bomba, bola que passou muito perto do poste
direito da meta. Na sequencia André Silva fez ótima jogada pela esquerda e
conseguiu achar Gladiador do outro lado, novamente em condições de finalizar.
Ele demorou um pouco, mas saiu da marcação, disparando violentamente rente ao
poste do goleiro já batido.
A
organização tática do time era muito boa, e os jogadores cumpriam o
estabelecido na preleção com fidelidade máxima. Rodrigo Dresch e Felipe Pacheco
tiravam os espaços dos perigosos avantes rivais, facilitando as intervenções
precisas do arqueiro Dagoberto Trento. Jefferson Silva e Nathan Silva, além de
darem suporte ofensivo aos articuladores e atacantes, desafogavam a defesa com
uma saída de qualidade e constituíam-se em peças importantes de cobertura,
sendo protegidos quando avançavam por Carlos Fernandez e Marco Viola, que
dominavam a intermediária de defesa azulada e ainda iniciavam com grande
qualidade os ataques, com passes de primeira.
O
Borrachos, até então merecidamente o líder da competição, demonstrando evolução
técnica a cada nova disputa, chegava, no entanto, apenas vez por outra com
perigo, especialmente até os 35 minutos, mas um movimento tático
boêmio-ferroviário bloqueou a alternativa contrária, que praticamente se
extinguiu.
O
placar de 1x0 no intervalo encobria parcialmente o amplo domínio expressano,
não traduzindo o maior volume de jogo, as melhores oportunidades de gol e a
imposição técnica em números.
No
retorno, porém, isto também mudou, e, após um início equilibrado, com o
Borrachos apertando a saída de bola e o Expresso abrindo-se desnecessariamente
na ânsia de ampliar, Gladiador foi acionado pela direita e passou por dois
marcadores antes de ser derrubado quase na meia-lua da área. José Staudt,
então, cobrou com perfeição a infração e marcou o segundo, dando ainda mais
confiança e tranquilidade ao time.
A
partir daí não mais o adversário ameaçou. Dominado, não pôde impedir a
movimentação intensa e organizada do esquadrão noctívago, que, então, construiu
ainda mais oportunidades vivas de marcar: Fábio Jorge, promovido em lugar de
Rodrigo Gladiador, e Bruno Fernandez, que substituiu a Carlos Fernandez,
infernizaram a defesa com lances de velocidade e aproximação, levando vantagem
sempre que acionados. Marciel Hein, que primeiro entrou na frente e depois foi
recuado para a meia, perdeu gol feito na cara do goleiro, batendo de pé direito
da entrada da pequena área para defesa salvadora do último homem contrário;
André Silva ganhou a jogada na intermediária de ataque, passou pelo marcador e
bateu para fora; Bruno Fernandez passou como quis pelo marcador e foi agarrado
na entrada da área: Staudt cobrou a falta no travessão.
Jogando
com inteligência, o Expresso mantinha a posse de bola com categoria – agora com
Vinícius Guimarães no meio assumindo a função de Viola –, trocando passes,
fazendo o tempo passar, e aproveitando o desespero do adversário para encontrar
espaços para continuar sendo agudo. Staudt lançou Fábio Jorge em velocidade
pela esquerda, e este partiu atrás da redonda com o zagueiro adversário a
acossá-lo. Passou voando por ele antes de entrar na área com um toque de cabeça
que o deixou em frente ao arco. Com qualidade, desviou mansamente no canto, no
lado oposto, e matou o jogo.
O
Expresso ainda conseguiu fazer mais um com André Silva, após escanteio de seu
irmão Nathan, fechando o placar num golaço de sem-pulo.
Expresso da Madrugada 4x0 Borrachos
PT = 1x0
Local: CT Muradás, Canoas
Data: 29/09/2012
Horário: 14h
Copa UEFA
Escalação: Dagoberto Trento –
Jefferson Silva, Rodrigo Dresch, Felipe Pacheco e Nathan Silva; Marco Viola,
Carlos Fernandez, José Staudt(C) e André Silva; Rodrigo Gladiador e Fernando
Gutheil. (Bruno Fernandez, Fábio Jorge, Marciel Hein e Vinícius Guimarães). DT:
Marco Silva.
Gols: André Silva, Fábio
Jorge, Fernando Gutheil e José Staudt.
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