Com sabor
de vitória
Expresso
nega-se a entregar os pontos e arranca o empate aos 49 minutos do segundo tempo
Mais uma vez o Expresso
demonstrou poder de indignação e luta pra minimizar o resultado negativo e a
péssima atuação da arbitragem de Adriano. No último sábado a equipe empatou em
1x1 com o Azenha, adversário direto na briga pela classificação, e segue com
planejamento intacto para o restante da competição, com 4 pontos nos últimos 2
jogos.
Tentando desvencilhar-se de
uma sequência ruim de resultados nas rodadas iniciais da Farroupilha, o time da
coruja foi a campo com a missão de obter uma vitória contra o Azenha, que
igualmente não está bem colocado. Mais tranquilo depois dos 3x1 aplicados sobre
o Gaudério no Dia do Trabalhador, novamente propôs o jogo com uma marcação
agressiva, tirando espaços até mesmo no campo de ataque. O oponente sentiu o
impacto da ação e não conseguiu colocar em prática seu melhor futebol, o que
levou o Expresso a dominá-lo territorialmente e a criar as melhores oportunidades.
Logo no início Geverton Ost
escapou às costas do lateral esquerdo e foi puxado a um passo da entrada da
área pelo flanco, quando entraria livre na cara do goleiro. O árbitro Adriano,
pra variar, não apresentou cartão amarelo para o zagueiro e prejudicou o
Expresso pela primeira vez. Na cobrança Ost bateu com perigo, o arqueiro
rebateu para o meio, mas ninguém conseguiu pegar o rebote.
Pouco depois, em nova trama
excelente do ataque celeste, José Staudt achou Ost em projeção quase na
meia-lua, tabelou com ele pelo ar e arrematou de sem-pulo com o pé direito,
bola que passou muito perto do poste, com o guarda-metas já batido. Na
sequência, novamente Ost foi acionado, agora pela direita. Levou a marcação
para a linha de fundo e bateu para outra defesa do goleiro contrário.
Escanteio.
A pressão expressana em
busca do gol que o colocaria em muito melhor posição na tabela seguia firme, já
que defensivamente a solidez permanecia a mesma do jogo anterior,
aproveitando-se da ausência de Rodrigo Dresch. Diego Rosner fechava o lado
direito e saía de trás com facilidade, Cristian Pheula e o capitão Marco Viola
impediam a penetração na área com combate incessante aos armadores adversários
e Nathan Silva, além de apoiar insistentemente, inviabilizava maiores estocadas
em seu setor.
Rosner foi à linha de fundo
e levantou para a área, onde Staudt subiu e não achou, mas Bruno Rodrigues
apareceu cabeceando forte, só que no meio; Pedro Fernandes, também de atuação
destacada, abriu na esquerda para Staudt, que cruzou com muito perigo, bola
salva com a ponta dos dedos pelo goleiro quando Geverton Ost se preparava para
anotar; Ost puxou contragolpe perigosíssimo de 3 contra 3, mas demorou a soltar
a bola e, quando o fez, errou o passe para Fernandes.
Nas poucas vezes em que o
ataque alvinegro batia a marcação expressana, parava na varredura derradeira de
Fernando Gutheil. Limpando a sua zona de atuação, dava início a novas evoluções
do time, e impedia qualquer sobressalto nas proximidades da meta de Mateus
Trombetta. No entanto, talvez antevendo as dificuldades apresentadas pelo
Azenha para progredir, Adriano começou a interferir no jogo ao pará-lo sempre
que o Expresso recuperava a bola perto de sua área, em especial em lances com o
cai-cai camisa 11. Iniciou, também, a distribuir cartões amarelos
aleatoriamente aos jogadores azulados, e a possibilitar que o alvinegro
levantasse a bola no tumulto. Numa destas ocasiões em que nada ocorreu,
Welinton, o bandeira, assinalou falta absolutamente inexistente. Na cobrança,
com um homem fora da barreira e a 30 cm do goleiro Trombetta, em impedimento de
pelo menos 5m, o adversário abriu o placar, para desespero do Expresso. Os
jogadores partiram para cima do juiz, com terrível histórico de atuações
prejudiciais ao time. Haviam avisado muito antes da cobrança de que aquele
elemento estava em posição irregular. Nada disso surtiu efeito e Adriano seguia
convicto da validade do tento. Ainda assim foi persuadido a ir até o bandeira,
e correu para consultá-lo. Porém este, desgraçada e absurdamente, confirmou a
marcação do gol. Inconformados, os expressanos ainda tentaram o empate nos
minutos finais do período, quando Rodrigues bateu da entrada da área, livre,
para boa defesa do goleiro.
A única coisa que impedia o
Expresso de já estar ganhando eram os erros de passe e o excesso de preciosismo
ao tentar jogadas individuais desnecessárias. Os dribles deixaram de ocorrer
com tanta frequência na etapa complementar, mas os passes até pioraram. Contudo
José Staudt teve a melhor chance de todo o jogo ao dominar no peito atrás da
zaga cruzamento de Nathan Silva e bater livre na saída do goleiro, mas com
força excessiva e por cima, perdendo o gol feito na risca de pequena área, aos
dois minutos.
O jogo tornou-se aberto, e
ambas as equipes jogavam para a frente. O Azenha passou a desperdiçar
oportunidades no contra-ataque ao errar o último passe ou drible, sem
conclusões perigosas; o Expresso abriu-se para tentar o empate, o que ao menos
evitaria o pior. Fernandes recebeu de Staudt no meio da defesa e bateu fraco;
Ost atirou prensado quando já invadia a área; Fernandes, depois de bate-rebate
em que o adversário tirou a bola na área com a mão, atirou desviado perdendo
nova e belíssima ocasião.
Thiago Silva entrou no
lugar de Bruno Rodrigues, e a equipe abriu-se ainda mais. Em jogada pela
esquerda não sofreu pênalti por 10cm, bola que foi cobrada por André Silva e
afastada de dentro da pequena área pela zaga do jeito que pôde; Geverton Ost
bateu outro escanteio venenoso e ela chegou até Gutheil, que dominou na marca da
cal, mas deixou-a escapar, perdendo lindo momento; Ost, novamente, conseguiu
vencer a disputa na linha de fundo pela direita e cruzou no segundo pau para
Staudt, que entrava atrás do goleiro batido. Este cabeceou-a dividindo com o
zagueiro que havia entrado minutos antes, e que conseguiu salvar com a nuca
quando o gol já estava aberto para o empate.
O Expresso seguia
insistindo, agora com Allison Pheula em substituição a Diego Rosner na direita.
Entretanto o preparo físico ia desvanecendo, e as oportunidades não surgiam com
as mesmas frequência e clareza. Só que Thiago Silva cavou escanteio, Geverton
Ost cobrou no tumulto e José Staudt foi agredido com um soco pelo zagueiro com
o qual já vinha se estranhando havia alguns minutos. Pênalti! Foi-se a derrota!
Aos 49 minutos Ost bateu num lado, o
goleiro voou para o outro, e o Expresso saiu com importantíssimo ponto que o
coloca em totais condições de buscar a vaga para a segunda fase da Copa
Farroupilha.
No sábado que vem, 11h30,
devido a alteração nos horários da competição em virtude da ausência de luz
natural nas partidas das 16h, enfrenta o Aliança em mais um jogo decisivo, onde
só a vitória interessa.
Expresso da Madrugada 1x1
Azenha
PT = 0x1
Local: CT Muradás, Canoas
Data: 10/05/14
Horário: 10h
Copa Farroupilha
Escalação: Mateus Trombetta
– Diego Rosner, Cristian Pheula, Fernando Gutheil e Nathan Silva; Marco
Viola(C), Bruno Rodrigues, André Silva e José Staudt; Geverton Ost e Pedro
Fernandes. (Allison Pheula e Thiago Silva). DTs: José Staudt, Leandro Silveira
e Vinícius Guimarães.
Gol: Geverton Ost.
Nenhum comentário:
Postar um comentário